quarta-feira, 25 de junho de 2014

"Não me canso de tentar".

Acredito fielmente que estou vivenciando mais uma situação de lição do que qualquer outra coisa. E Detonautas me mostrou isso, ontem, durante a madrugada; como diz Hans C. Andersen, "quando as palavras falham, a música fala". E foi justamente isso o que  me moveu a fazer questões que, em sua maioria, ficaram sem respostas. Me perguntei quando exatamente eu deixei de ter ânimo com as coisas que amo, que desejo, que adoro. Quando deixei de me sentir confortável ao escrever uma resenha, de imaginar os personagens, de escrever, de desabafar? Quando parei de me interessar por aquelas coisas, mesmo que pequenas, que me faziam tão feliz? Quando as coisas se tornaram um peso, não uma verdadeira cura? Porque, até então, fazer tudo isso me deixava leve, tanto quanto uma pluma. A resposta veio como um tiro certeiro no alvo: quando eu comecei a acreditar que o que eu estava fazendo era uma obrigação. Creio, claro, que ver o problema é o primeiro passo para a solução total. Pensando de um ângulo um pouco mais sério e menos egoísta, compreendo os motivos a ter sido parcialmente abandonada. Não significa, é claro, que eu consiga aceitar tão facilmente.

Resolvi tentar. Mais uma vez. Nem que seja para novamente remar que nem uma condenada e morrer na praia. O mar é grande, o caminho também vai ser. Acho que, inclusive, utilizar essa comparação seja mais do que válida, até em função pelo título do blog. A madrugada de ontem foi simbólica o suficiente para que eu finalmente começasse a compreender certas coisas na minha vida, e por mais que o sentimento de egoísmo seja algo que pareça gritar de forma insistente em minha mente, decisões precisam ser tomadas. Penso que parte disso tenha sido em parte porque eu enxergava a solução, há muito, na frente dos meus olhos; contudo, me parece que (já) está na hora de trocar as lentes dos óculos, porque não enxerguei.

Ou não quis ver. Estou mais inclinada a acreditar que tenha sido a última alternativa. É mais fácil fechar os olhos; é mais fácil fingir que ela não é aquele pilar principal que carrega tudo, mas que é um mero detalhe que pode ser "facilmente ignorado". Nunca acreditei  muito que tenho tempo para sentir melancolia... Agora, porém, cá estou desabafando palavras que eu achei que dificilmente seriam faladas (digitadas, que seja).

Eu novamente retorno. Afinal, "o bom filho a casa torna". Cansei dos meus próprios "achismos". Estou com vontade de falar eu sei e eu quero. Chega de pensar em como as coisas deveriam ser e como elas realmente são. Sacudir a poeira, erguer a cabeça e ignorar o que me faz mal. Isso é o que eu sou, e é isso que eu vou mostrar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário